Afago estes corpos de
barro. Deslizam as mãos na memória das tuas que os criaram. Neste silêncio triunfa a emoção do gesto, já que as palavras, agora como então, são
desnecessárias.
Tudo é relativo: súmula de
infinitas possibilidades. A natureza ensina-nos isso. As mesmas cores servem
para atrair as fêmeas, para avisar do perigo, para enganar incautos. Ou até mesmo
para a despedida fulgurante, antes do desnudar das árvores.
Há tanta cor no Outono, a
resplandecer nos fugazes momentos de sol, que logo esquecemos o encurtar dos
dias e as bátegas de chuva. Como a paz que nos envolve nos pequenos intervalos
em que silenciamos a mente.