Ter alguém que nunca tinha visto, a desejar, e a insistir,
que seja mesmo muito feliz, à saída do Metro, às 7h30 da manhã, é estranho. Mas
não deixa de ser algo reconfortante, como se a minha insignificante existência
pudesse ser importante para um ilustre desconhecido. Cruzamentos fugazes de
vidas que não se conhecem (reconhecem?) e que me deixam a pensar.
O referido personagem entrou no Metro a dizer que as
pessoas não o ouviam, apesar de ele avisar sempre. Como trazia uma bicicleta,
pensei que era a isso que se referia, à cedência de passagem para a bicicleta.
Na verdade, tinha estado a avisar outra ilustre desconhecida, que estava a fumar enquanto esperava o Metro, sobre os malefícios do tabaco.
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