sábado, 14 de setembro de 2013

DESCONHECIDOS

Ter alguém que nunca tinha visto, a desejar, e a insistir, que seja mesmo muito feliz, à saída do Metro, às 7h30 da manhã, é estranho. Mas não deixa de ser algo reconfortante, como se a minha insignificante existência pudesse ser importante para um ilustre desconhecido. Cruzamentos fugazes de vidas que não se conhecem (reconhecem?) e que me deixam a pensar.

O referido personagem entrou no Metro a dizer que as pessoas não o ouviam, apesar de ele avisar sempre. Como trazia uma bicicleta, pensei que era a isso que se referia, à cedência de passagem para a bicicleta. Na verdade, tinha estado a avisar outra ilustre desconhecida, que estava a fumar enquanto esperava o Metro, sobre os malefícios do tabaco.

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