É na turbulência que sinto
a fragilidade: do voo como na vida. Antevejo o regresso à cidade: agora menos
estrangeira. Agradeço o privilégio de rever gentes, recantos, e a luz nos
jardins.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Quinta das Águias
Bom dia alegria! Aqui há
sempre que fazer, para que todos sejam felizes. E lá vão os patos e os gansos em filinha para o lago, para o seu banho diário.
domingo, 17 de janeiro de 2016
MAR - VI
Em dia de temporal o mar devolve o que levou. E no
areal nasce um novo mar: de destroços. Nos enormes troncos de árvore, nos mais
diversos objectos, espanto-me com a sua força.
sábado, 16 de janeiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Memórias da criação
As últimas imagens do atelier e do artista a trabalhar (imagens captadas em 2007, editado em Março de 2013)
Abres a porta do teu mundo.
Na confusão das tintas, das tomadas, das máquinas, do pó, surgem figuras delicadas, frágeis.
Preparas-te para o teu reino.
Nas rugas a memória de outras tantas obras, onde a experiência da carícia molda o barro. E o barro deixa-se moldar, cedendo aos utensílios mais diversos. E às mãos, sobretudo às mãos.
Conversas com o neto sobre a técnica usada. Outras peças, outros mundos.
Tudo pode ser aproveitado, um dia.
A mufla onde as peças se transfiguram.
Crias em barro como se moldasses pessoas, pedaços, sentimentos.
Tocas-nos.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Corpo e alma
Se o corpo reclama tanta atenção, exorta angústias à
flor da pele, é porque a alma se sente perdida. É aí, e apenas aí, que
encontrarás a cura.
domingo, 10 de janeiro de 2016
SAUDADE-VII
Sozinho, não lhe chegava conversar com a fotografia
dela. Por isso, ia todos os dias aconchegar-lhe a campa: apaziguar a falta que
sentia de cuidar dela.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
SUSSURRO
Um
sussurro. Apenas um sussurro. Que na brisa se faz presença. No rumorejar da
água. E se demora na mistura das cores.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
Árvores e pássaros
A
árvore, imponente, amplamente ancorada pelas raízes, abandona as folhas num
desprendimento renovador. O pássaro, livre, lança-se na confiança do abismo.
Mas ao ninho volta, refúgio de aventuras.
Antagónicas
manifestações de liberdade: ambas fascinantes.
sábado, 2 de janeiro de 2016
Mar revolto
O
mar também tem um ano novo: os foguetes são de espuma. A multidão: de gaivotas.
Junto à maré as gaivotas contemplam as ondas, demoram-se no revolto manto branco
em que estas se abandonam. Algumas vezes: desafiam-nas; porque o mar as
sustenta.
Subscrever:
Mensagens (Atom)