A palavra define-nos como grupo, dando-nos uma
confortável distância dos animais. Ao mesmo tempo, usamos a palavra humano como
sinónimo de compassivo: uma forma de união com os outros. Perde-se-me esse
sentido no homem que apita desalmadamente na fila do semáforo e que, passados
nem 50 metros, estaciona com toda a calma que a importância da pasta e da gravata
lhe conferem. No homem que arrasta o álcool, numa letargia trôpega que já nem
lhe permite limpar o pingo do nariz.
E mais uma vez me questiono para onde a evolução nos
levou.quarta-feira, 27 de abril de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
SENTINELAS
Poderosos guardiões no silêncio da serra, os penedos oferecem-nos
as mais diversas fisionomias: nalguns, traços de gente, outros habitados por
estranhos animais. Velam o caminho que deixam invadir, de conivência com as
árvores, orgulhosos da deslumbrante paisagem.
sábado, 16 de abril de 2016
CAMINHAR
Caminhar nas ruas desertas, no lento despertar de uma
Primavera de chuva, traz-me a paz no cinzento da manhã. E como a chuva lava a
calçada, ofereço-lhe a minha alma.
sábado, 9 de abril de 2016
UTRECHT
Fim-de-semana prolongado e sol: Utrecht desabrocha nas
ruas. Na confusão de cores e sons, o pitoresco dos canais com passeios, lojas e
restaurantes, a contrastar com os canais de Amesterdão. Ao longo dos canais,
afastamo-nos da barafunda dos turistas (sobretudo holandeses) e entramos na
calma das árvores, dos parques e das moradias. Utrecht combina, de forma sábia,
a metrópole e o campo.
sábado, 2 de abril de 2016
Ouvir os pássaros
Há uma certa liberdade na indiferença que te dedicam.
Livre do jugo de agradar aos que te rodeiam podes finalmente ouvir os pássaros.
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