A palavra define-nos como grupo, dando-nos uma
confortável distância dos animais. Ao mesmo tempo, usamos a palavra humano como
sinónimo de compassivo: uma forma de união com os outros. Perde-se-me esse
sentido no homem que apita desalmadamente na fila do semáforo e que, passados
nem 50 metros, estaciona com toda a calma que a importância da pasta e da gravata
lhe conferem. No homem que arrasta o álcool, numa letargia trôpega que já nem
lhe permite limpar o pingo do nariz.
E mais uma vez me questiono para onde a evolução nos
levou.
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