À
primeira vista não há qualquer relação entre as meias e as caixas herméticas. O
que é certo é que em ambos os casos, os pares se desirmanam. Por um qualquer
inexplicável fenómeno, tenho caixas sem tampas, e tampas solitárias, inadaptadas
para as caixas que restam.
O
mesmo acontece com as meias. Almas gémeas, que de forma indiferente se colocam
à esquerda ou à direita, ficam sozinhas, à espera de um cada vez mais longínquo
casamento.
Sem
relação aparente, é todavia um facto comum a vários lares, pelo que se supõe a
existência de uma explicação. Sempre gostei que as coisas tivessem explicação.
Mas não tenho uma bola de cristal que me identifique o rasto destes objectos.
Nem que desvende a estranha magia que leva a que desapareçam em conjunto.
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