Dissonante no início, enquanto não começa o concerto.
Cada um no seu trecho, misturam-se acordes que não combinam. Pausa. Afinam-se
os instrumentos. Pouco depois, suspensa do movimento do maestro, nasce a
sintonia perfeita.
E a solidariedade ultrapassa a melodia, numa corda
partida de um primeiro violino. Entre disfarçadas trocas de olhares, é pedido
auxílio a um violista da última fila, o mais oculto do público. Trocam-se os
instrumentos, e esse violista subtilmente abandona o palco. Até ao fim do
concerto.
A solidariedade é muito bonita. Não só nas orquestras durante o concerto, mas em todas as actividades. Haja quem a pratique sem ter que ser pressionado ou obedecendo a ordens.
ResponderEliminarA música feita no colectivo é uma ferramenta de amizade e de entreajuda, entre todos os participantes desse colectivo e que se estende para fora dele!
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