quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A orquestra

Dissonante no início, enquanto não começa o concerto. Cada um no seu trecho, misturam-se acordes que não combinam. Pausa. Afinam-se os instrumentos. Pouco depois, suspensa do movimento do maestro, nasce a sintonia perfeita.

E a solidariedade ultrapassa a melodia, numa corda partida de um primeiro violino. Entre disfarçadas trocas de olhares, é pedido auxílio a um violista da última fila, o mais oculto do público. Trocam-se os instrumentos, e esse violista subtilmente abandona o palco. Até ao fim do concerto. 

2 comentários:

  1. A solidariedade é muito bonita. Não só nas orquestras durante o concerto, mas em todas as actividades. Haja quem a pratique sem ter que ser pressionado ou obedecendo a ordens.

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  2. A música feita no colectivo é uma ferramenta de amizade e de entreajuda, entre todos os participantes desse colectivo e que se estende para fora dele!

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