sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Naquela casa

Naquela casa a Matilde era feliz. Porque havia muitas mãos, tão pequenas como a suas, para jogarem as peças do Ludo. Porque havia brincadeiras e sustos, jarros do jardim transfigurados em jantares, história que fugiam dos livros. Porque quando as mãos cresceram ensaiaram os acordes das violas e se perderam em horas de canções. Porque, anos mais tarde, a casa desabitada revive no seu coração.

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