Naquela casa a Matilde era feliz. Porque havia muitas
mãos, tão pequenas como a suas, para jogarem as peças do Ludo. Porque havia
brincadeiras e sustos, jarros do jardim transfigurados em jantares, história
que fugiam dos livros. Porque quando as mãos cresceram ensaiaram os acordes das
violas e se perderam em horas de canções. Porque, anos mais tarde, a casa
desabitada revive no seu coração.
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