segunda-feira, 10 de agosto de 2015

FATAL

É fatal como as coisas fatais: dizia o meu pai. Cinema, avião, comboio, concertos, qualquer coisa com lugares sentados, atrás de nós sempre fica alguém que nos dá pontapés nas costas da cadeira. Escolhemos um lugar, acreditamos que ao acaso, mas nesta lotaria dominada sabe-se lá por quem, logo nos destinam o personagem certo para as costumeiras pancadinhas nas costas. Desta vez é uma criança pequena: não há mesmo nada a fazer.

Fotografia de Mário Gomes

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