O cérebro
é meu amigo.
É
certo que acordo regularmente a meio da noite, mas não o autorizo à insónia, se
ainda não for hora disso. Seguindo o conselho de um livro de autoajuda, quando
tal acontece, estou proibida de ver as horas. Obediente, o cérebro
transporta-me novamente para o limbo, para o mundo do sono e dos sonhos.
No
entanto, a partir das seis da manhã, ele sabe que tem carta branca. Revigorado
com o descanso nocturno, no pleno vigor do pico de cortisol (hormona vital que
influencia a nossa energia), não me dá tréguas e, de uma forma clara e
organizada, elabora as sequências de ideias de que eu tanto necessitava.
Este
fenómeno, recorrente nos últimos tempos, só pode ser sinal de amizade. Ou
sobrevivência.
Sabendo
como estou afundada em trabalho intelectual, um catavento de ideias
entrelaçadas, e como o tempo se esvai, aproveita o período de sono mais leve e
acorda-me com o trabalho quase pronto.
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