sexta-feira, 12 de abril de 2013

O cérebro é meu amigo


O cérebro é meu amigo.

É certo que acordo regularmente a meio da noite, mas não o autorizo à insónia, se ainda não for hora disso. Seguindo o conselho de um livro de autoajuda, quando tal acontece, estou proibida de ver as horas. Obediente, o cérebro transporta-me novamente para o limbo, para o mundo do sono e dos sonhos.

No entanto, a partir das seis da manhã, ele sabe que tem carta branca. Revigorado com o descanso nocturno, no pleno vigor do pico de cortisol (hormona vital que influencia a nossa energia), não me dá tréguas e, de uma forma clara e organizada, elabora as sequências de ideias de que eu tanto necessitava.

Este fenómeno, recorrente nos últimos tempos, só pode ser sinal de amizade. Ou sobrevivência.

Sabendo como estou afundada em trabalho intelectual, um catavento de ideias entrelaçadas, e como o tempo se esvai, aproveita o período de sono mais leve e acorda-me com o trabalho quase pronto.

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