terça-feira, 30 de julho de 2013

CONFIANÇA - II

Era de poucas palavras. Macambúzio, diziam. Mas vendo um outro mais frágil que ele, entabulou conversa, abriu-lhe o seu coração. Um misto de solidariedade e solidão.

Dias mais tarde adivinhou-lhe no olhar que o atraiçoara. Inconsolável, oscilava entre a incredulidade e o autodesprezo pelo seu descuido em confiar.

Passou a mão no peito. Era quase possível sentir uma profunda cicatriz.

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