segunda-feira, 15 de julho de 2013

A casinha

Sentavas-te na areia, os braços cruzados, pousados nos joelhos. E eu ocupava esse espaço. Era a minha casinha. Levantava-te um braço, como uma cancela, e era a porta da casinha. E eu saía, e entrava, e sentia-me segura nesse espaço construído pelo teu corpo.

Sem pedir licença o meu corpo cresceu. O teu ficou mais pequeno, mais débil. A casinha, resgato-a da memória quando agora te amparo.

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