Sentavas-te
na areia, os braços cruzados, pousados nos joelhos. E eu ocupava esse espaço.
Era a minha casinha. Levantava-te um braço, como uma cancela, e era a porta da
casinha. E eu saía, e entrava, e sentia-me segura nesse espaço construído pelo
teu corpo.
Sem
pedir licença o meu corpo cresceu. O teu ficou mais pequeno, mais débil. A
casinha, resgato-a da memória quando agora te amparo.
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