“Vocês
conhecem o vosso corpo”: diz a professora. Ora aí está, é que eu já não
conheço. Depois de tantos anos de convivência já não devia haver truque que me
escapasse, manha que não conhecesse. Mas não. São dores que não se explicam,
inconstâncias térmicas, pruridos inconsequentes: dissonante ruído de fundo, uma
latente inquietação. Não posso desculpá-lo por esta revolta surda, esta birra
infantil: uma chamada de atenção. Ao longo destes anos ele sabe como tem sido
bem tratado.
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