sábado, 12 de dezembro de 2015

VELHINHOS

Serão iguais todos os velhinhos? Os mesmo muito velhinhos? Os mesmos olhos pequeninos onde se esconde a grandeza do mundo. A mesma face encovada, onde a despedida do corpo vai realçando a magreza. As mesmas orelhas grandes, como se quisessem abraçar os sons que são cada vez mais silêncio.

Porque olho-os e é sempre o teu rosto que eu vejo.

Escultura de Dario Boaventura

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