Sentada
no banco. Sozinha. O dia ainda mal acordou. As mãos enrugadas, com as fissuras
que o frio não perdoa, retiram algumas migalhas do não menos enrugado saco de
plástico.
Tremulamente
são lançadas no passeio. E o arrulhar, terno embalo, vai-a envolvendo.
Esvoaçam, saltam frenéticas, estas amigas de asas. Procuram o pão que a velha
cedeu, para ganhar o seu carinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário