sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Porque a visita a Auschwitz nunca se esquece…


Assaltam-me as imagens das cenas que não vivi.

Eram postos em comboios, com tudo o que tinham em breves malas, e com a promessa de uma vida melhor.



Horas e dias de um transporte desumano não eram suficientes para destruir a esperança. Assim, quando os homens eram separados da família, à chegada, sentiam inveja do suposto banho, do descanso e da refeição quente que as mulheres e os filhos iriam ter.



Mais tarde surgiam as interrogações. Aos colegas magros, vultos de si mesmos, perguntavam quando iriam ver a família.

A tua família? O que pensas que é este cheiro nauseabundo? A tua família já saiu no fumo das chaminés! O mundo então ruía.

Chegaria o tempo em que agradeceriam que assim tivesse sido. Em que desejariam a paz de se converterem em cinzas.

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