De
mãos nos bolsos, e de ar indiferente, foi tossindo várias vezes sem pôr a mão
na frente. Se fosse na Holanda, após o primeiro espalhar de microrganismos
sobre os companheiros de cadeira, já alguém lhe teria dito se não conhecia as
regras da boa educação (e da higiene pública).
Mas
não estamos na Holanda e a senhora continuou. Cinco vezes. E não era por ter
frio nas mãos. A mão esquerda, por diversas vezes abandonou o calor do bolso
para coçar a cara, ajeitar o cabelo, esfregar o nariz.
Fosse
pela impaciência do senhor à sua frente, movimentando-se desconfortavelmente na
cadeira, fosse porque os ataques de tosse eram mais fortes, nas três vezes
seguintes achou por bem pôr a mão.
Mas
rapidamente voltou ao mesmo, alheia à consideração pelos outros passageiros.
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