Era uma vez um concurso literário. Era uma vez um
concurso literário que tinha um regulamento. Era uma vez um concurso literário
que tinha um regulamento que dizia que no mínimo era preciso escrever vinte mil
caracteres com espaços. E a história poderia ter ficado por aqui.
A história da história que venceu é outra. É que os vinte
mil caracteres não estavam lá. Uma bruxa (ou várias, lá de onde elas vêm)
fê-los desaparecer. Ficaram em quase metade, mas pareciam na mesma vinte mil.
Graças ao feitiço dessa bruxa, o júri do concurso conseguiu vê-los. Nuns
supostos prólogos e/ou notas prévias, e num “habitual” critério editorial que o
só o júri conhecia (o “word” também desconhece), mas que, efeitos do mesmo
feitiço, se esqueceu de colocar no regulamento.
Mas, se o feitiço se desfizer, e o júri acordar, mercê de
um beijo de um qualquer príncipe encantado, talvez os caracteres que faltam
ainda apareçam. Esquecidos nalgum bolso.
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