sábado, 28 de fevereiro de 2015

TURISTAS

Chegam aos magotes. Ocupam, sem pudor, dois lugares no Metro, que a mala é grande e, cansados, querem sentar-se. Vêm à descoberta do Porto, recente conquista dos guias turísticos.
Mistura-se-me o orgulho das minhas ruas, das sombras, da luz do rio, do longo desmaiar do sol na Foz, com o egoísmo da posse. Temo que a cidade, tão minha, lhes possa ser alheia nas pequenas nuances, que se possa perder na indiferença das objectivas.
É algo sem nexo porque, turista eu mesma, sei como adoptei com enlevo as cores das cidades que visitei.












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