Chegam aos magotes. Ocupam, sem pudor, dois lugares no Metro, que a mala é
grande e, cansados, querem sentar-se. Vêm à descoberta do Porto, recente
conquista dos guias turísticos.
Mistura-se-me o orgulho das minhas ruas, das sombras, da luz do rio, do longo
desmaiar do sol na Foz, com o egoísmo da posse. Temo que a cidade, tão minha,
lhes possa ser alheia nas pequenas nuances,
que se possa perder na indiferença das objectivas.
É algo sem nexo porque, turista eu mesma, sei como adoptei com enlevo as
cores das cidades que visitei.
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