Iam matar saudades: diziam. Mas não encontraram as armas
adequadas. Aprenderam, todavia, que seria inglório. As saudades, como a fénix,
renasciam das cinzas.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
INTRIGA-ME
O que me intriga
na intriga
é a força com que espiga.
Mesmo em árido terreno
que de amor foi regado
germina em tom ameno
destruindo o nosso fado.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
SAUDADE - IV
Fora de casa vivi estes dias anestesiada de tudo. Não
houve despedidas em aeroportos, não houve o teu silêncio nas paredes da casa.
Agora, de regresso, entranha-se-me a saudade. Abro a persiana do quarto na tentativa
vã de que a luz da manhã dissipe a tua ausência.
sábado, 25 de abril de 2015
sexta-feira, 24 de abril de 2015
VOO
Sempre
que o avião descola lembro-me que é graças ao teorema de Bernoulli que podemos
voar. O conteúdo deste teorema – talvez o único conceito da física que nunca se
desvaneceu – não me traz qualquer descanso em relação ao voo, sobretudo quando
há turbulência. Mas poder voar tem-me permitido ver rostos, paisagens, cidades:
de outra forma não me seria possível.
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