segunda-feira, 13 de abril de 2015

Um dia (Fevereiro 2013)

Sabias que um dia ia chegar o dia.

Adivinhavas, mas na verdade não sabias, como a emoção se debate numa dialéctica inacabada.

Orgulhas-te do adulto que ajudaste a construir, mas invadem-te as imagens do menino frágil que já não te pertence.

É certo que já há muito que não te pertence, mas é a frieza do quarto vazio que impõe a realidade.  E a sua voz na rotina de outra casa.

Só então, algo furtivas, as lágrimas de saudade.

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