Estava parada há dias, ausente dos dedos dele. Tinham
sido longas horas partilhadas, a música das letras em cada batida. Gastas: as
letras. Seria por isso?
O passo dele, decidido, os óculos na ponta do nariz,
mas não se aproximou. Parada continuou, na acumulação do pó. Ele, indiferente,
pegou no computador, oferecendo a inspiração ao novo equipamento.
Seria, agora, mera peça decorativa. Algo para ele
recordar, talvez nostálgico, quando fosse um grande escritor.
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