Numa subida íngreme, ganhando vários metros em cada
curva, lá chegámos ao topo. Por entre a neblina que avançava, indiferente ao
frio, erguia-se a Capela da Senhora das Necessidades. Nome adequado, pois os
velhinhos que nos indicaram o caminho, bem acharam que nos devia faltar alguma
coisa. Riram-se com o nosso propósito.
Isolados de tudo, até do panorama prometido, sentimo-nos
no topo do mundo. O frio, a diminuição da luz, não convidavam à demora. Mas
bastou descer alguns metros, e como se pairássemos, a visão era um sonho. Onde
a alma se perdia na magia daquele entardecer.
como é que eu vim aqui parar?
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