sábado, 26 de abril de 2014

O relógio de parede




Parado há anos, acordou após várias tentativas de reanimação. Mesmo sem pace-maker, voltou a bater ritmadamente. Enquanto houver corda, balança-se no tic tac, dá badaladas, canta as meias horas. Indiferente à passagem do tempo, badala a desoras.

Pouco lhe importa o que mostram os seus ponteiros, ou o que reclamam os relógios digitais. Desempoeirando a velhice, segue os seus devaneios, com distinta presença.

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