sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O silêncio do corpo

Roubei esta frase ao meu pai. Provavelmente ele também a roubou a alguém, o que, segundo o velho adágio, me concede o total perdão por este abuso.
Quando tudo no corpo funciona, vivemos na harmonia fisiológica. Os órgãos entendem-se, cumprem as suas tarefas, e não nos aborrecem com as suas eventuais quezílias. O corpo é, por isso, silencioso.
Com o passar dos anos, começamos a ouvir sinais de alarme. Passamos a ter conhecimento desses órgãos que viviam calados. E aí temos fígado, estômago, um braço que não respeita a hora do sono, um coração que adquire música própria, e ganhamos toda uma orquestra que agora toca sob os augúrios de um maestro duro de ouvido.




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