quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

STRESS

Do inglês (porque será que o inglês nos parece sempre uma língua mais simples, com um toque mais científico?), descreve tanto um conjunto de factores que perturbam o normal funcionamento do organismo, como o esforço do mesmo no combate ao seu efeito nefasto. Este esforço é portanto uma reacção normal, benvinda, adaptativa, a tentativa de repor o equilíbrio. Graças a um verdadeiro coktail neuroquímico é fantástico para darmos luta, para a resposta imediata.

No entanto, se mantido por muito tempo, é tudo menos benéfico. Desgasta as nossas reservas energéticas, diminui as nossas defesas. Não foi previsto para durar. Por isso é complicado quando não conseguimos eliminar o que nos desequilibra. Entre diversas maleitas, começamos num lento processo de auto-destruição. Se nos sentirmos verdadeiramente encurralados, podemos até optar por uma forma mais rápida, contrariamente ao que ocorre no mundo animal, onde o suicídio é fenómeno pouco comum (inexistente? A velha história do escorpião que se envenena si próprio quando colocado dentro de um anel de fogo, parece não passar de um mito urbano).

Para meu espanto, à nossa gata, a Mia, foi diagnosticado stress. A esta criatura indolente, que dorme e se espreguiça o dia todo, que tem comida a horas, e sem nada aparente que a incomode. Não sabemos porquê. A menos que, numa atitude solidária, fique com o nosso.

1 comentário:

  1. Talvez se devam dilatar os jargões associados aos adágios do mundo animal: há a memória de elefante, esperteza de cão e orelhas de lince; porque não a ansiedade do gato?

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