As palavras são armas poderosas. Pronunciadas, ou escritas, têm a capacidade de mudar o mundo.
No entanto, raramente mostram tudo o que nos vai na alma, infiéis tradutoras dos nossos sentimentos mais profundos. Esbarram nas palavras dos outros. Assustam-se com a intensidade com que são proferidas.
Quando escritas, afastadas do diálogo, ganham a serenidade do distanciamento, mas perdem a interação. Não estão mais lá os gestos, os olhares, os sons do interlocutor.
Entrar na cabeça do outro, uma promiscuidade indesejável, em certas ocasiões poderia trazer-nos a paz. Podermos ver como as palavras são débeis mensageiras do nosso amor, angústia, confusão. E como isso nos é comum.
Não sendo isso possível, é novamente nas palavras, que confiamos para o perdão.
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