Os hotéis,
em Portugal, não param de surpreender-me.
Há
poucos dias pernoitámos num hotel em Coimbra. O quarto apresentava várias
deficiências, como a falta de uma mesinha de cabeceira, de toalhas, sabonete, e
um chuveiro que mal pingava água. Enfim, como o preço era barato, dei o devido
desconto…
A
cereja no topo do bolo (neste caso, talvez um ruibarbo no topo do bolo) foi o
pequeno-almoço no dia seguinte. Amavelmente anunciaram que este aditamento à
dormida era diferente dos outros hotéis. Tínhamos chás, pão, o restante seria
dispensado via máquinas, e podíamos servir-nos à vontade. Para tal forneciam
uma ficha (uma para as duas pessoas), tipo carrinhos de choque, que uma vez
introduzida na ranhura da máquina, nos daria o desejado pequeno-almoço.
Bem,
estava tudo na máquina, desde a manteiga à água quente para o chá, e foi num
ápice que este servidor de pequenos-almoços mecânico recusou continuar a
servir-nos. Descobrimos que já não havia crédito e tive de me contentar com
meio pequeno-almoço. A partir desse momento podia continuar a servir-me se
pagasse. No mínimo, uma interpretação abusiva do “podem servir-se à vontade”.
Nem deu para um café.
Um
pormenor interessante – a máquina tinha toda a informação na língua lusa (e
muito bem), mas nada em inglês. Como a maioria dos clientes eram estrangeiros,
a simpática menina da recepção ia e vinha, traduzindo todo o menu em inglês. Uma
lista de 10 ou mais maneiras de obter café ou chá.
O
lema deve ser que um estrangeiro com boa memória será capaz de tomar a sua
bebida a gosto.
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