Era uma vez um rapaz que não gostava de abrir persianas. Não porque não gostasse de luz, ou quisesse prolongar a noite, mas porque era muito distraído.
Primeiro não abria a persiana porque ainda não se tinha vestido. Acendia a luz. Depois, sentado no computador, não dava pelo dia lá fora. Porque não precisava da luz do dia para nada. Até atrapalhava. A sua luz era a do écran do computador e a da sua imaginação.
Se em vez disso saía, era ele que ia para o dia lá fora, e deixava para trás a escuridão dentro do quarto.
Se alguém lhe dissesse: “Porque não abriste a persiana?”, encolhia os ombros, não sabia. Na verdade nem tinha dado por isso.
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